Fortalece os teus irmãos

 

Texto base: Lucas 22.24-34

FOTO DE CAPA BOLETIM

Na última ceia de Jesus com seus discípulos aconteceram fatos e ensinos que ficaram para a eternidade. Aquela ceia foi muito especial, pois foi o ápice de um processo de mais de três anos. Jesus estava plenamente consciente de tudo que iria ocorrer. Situações como traição, negação, prisão, sofrimentos físicos e morte.

A Páscoa era o clímax de aproximadamente 30 dias de preparação, quando os líderes judeus explicavam os fatos que culminaram com a saída do Egito. Era a festa mais importante do País.

Antes da festa havia uma disputa entre os discípulos sobre quem seria o maior entre eles (Lucas 9.46-48; Mateus 18.1-5). Indo para Jerusalém, Jesus recebeu o pedido da mãe de Tiago e João, a qual queria que eles ocupassem o segundo e o terceiro lugar no seu reino (Mateus 20.20-28). Se você se julga melhor que outros, você está em dificuldade.

Mais cooperação e menos competição

Jesus sabia que Pedro se julgava o mais fiel e o mais espiritual, e que estava orgulhoso naqueles dias, pois suas palavras o revelaram. Jesus também sabia que Satanás estava “de olho” em Pedro, sabendo que este estava arrogante e convencido de ser “o cara”. Ele podia pensar assim: “Jesus me entregou as chaves do reino. Se eu ligar, está ligado; e se eu desligar, está desligado”.

O orgulho nos afasta de Deus

A posição dos discípulos na mesa da ceia: João, Judas e Pedro (João 13.21-27; 13.5-7). Pedro estava entre os menos importantes, enquanto Judas e João estavam ao lado de Jesus. O lava-pés era a aula prática que eles precisavam e que jamais esqueceriam. Era uma confrontação contra todo o orgulho espiritual; era o último ensino prático de liderança servidora que iria transformar o mundo. Jesus sabia que Pedro iria negá-Lo, por isso o avisou e lhe estimulou a voltar ao caminho depois: “… quando te converteres, fortalece os teus irmãos”. A palavra converter tem o sentido de voltar, virar-se para, mudar de rumo.

Alguns estudiosos afirmam que a repreensão dada por Jesus a Pedro foi em particular e citam Mateus 26.30-33 e João 13.31-38. De fato, liderança é assim: elogio se faz em público e repreensão em particular. Jesus já via Pedro após a negação e o estimulou a continuar seu ministério. A negação seria um acidente de percurso, mas Ele iria restaurar a Pedro. Após negar o Mestre, o olhar de Pedro se encontrou com o de Jesus (Lucas 22.60-62).

Um olhar de compaixão quebranta o coração  

Como um pai olharia para um filho que falha? Deus prepara o ambiente de restauração (João 21.1-14). O amor de Deus levanta o caído (João 21.15-23). Nos versos 19 e 22, ele declara: “Segue-me”. O Mestre lança três perguntas confrontadoras e três exortações restauradoras. Depois disso, Pedro voltou para o grupo de apóstolos, foi recebido e após o Pentecostes se tornou o pregador mais importante do grupo e um dos três líderes mais importantes.

 

Siga a Jesus, sirva suas ovelhas e deixe o resto com Ele.

Pr. José João Mesquita

*Publicado em: Boletim da Igreja Presbiteriana de Manaus, n°952, no dia 19 de abril de 2015.
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