Missões Regionais

Na década de 60 a expansão missionária não se limitou à área urbana. No início dos anos 70, os pastores João Chrysóstomo, Élio Nogueira e José Mattos Filho fundaram a Companhia Missionária da Amazônia (Camam), cuja finalidade era levar o evangelho às comunidades e cidades ainda não alcançadas na região. A iniciativa foi uma resposta de Deus ao anseio da igreja, que desde 1907 já orava por uma estratégia de alcançar os ribeirinhos, a partir do envio de barcos a vapor.

Em 1983, Deus levantou um grupo de jovens dispostos a viajar e compartilhar o Evangelho com os ribeirinhos. Eles começaram a se deslocar em barcos regionais (embarcações usadas para navegação de um município para outro) para o munícipio do Careiro da Várzea, distante 23 km da capital. Foi nesse mesmo período que surgiu o ponto de pregação na rodovia Manoel Urbano. Esta iniciativa não transformou apenas as vidas dos irmãos de Manacapuru, como trouxe para os jovens a convicção do chamado de Deus para a atividade missionária integral e o ministério do pastorado.

Em 1985 a igreja fundou o departamento de missões, chamado de “Aliança Pró Evangelização do Amazonas – Apeam”. Um dos objetivos do setor era ensinar sobre a natureza missionária da Igreja nas congregações. A partir daí, os membros tiveram uma nova compreensão sobre missões ribeirinhas.

Nesse mesmo ano, o então pastor titular da IPManaus, Caio Fábio D’Araújo, propôs a construção de um barco de 16 metros. Seu objetivo era dedicar seus últimos anos de vida aos ribeirinhos. Em 1989, a primeira embarcação da igreja foi concluída, recebendo o nome “Betel” (atual barco Peniel). A partir daí, foi possível começar a evangelização em comunidades mais distantes. Em 1990, o trabalho alcançou as primeiras comunidades do rio Negro, um grande feito para a época.

Pela Graça de Deus, que tem provido todas as necessidades e continuamente tem levantado pessoas comprometidas com o trabalho missionário, o reino do Senhor tem se expandido. Atualmente, a IPManaus é composta por 8.000 membros (entre adultos e crianças), sendo 3.000 na Sede (Central e Pedras Vivas), 2.000 nas 25 congregações da capital e 3.000 em 86 congregações do interior.

Hoje, a IPManaus conta com dez barcos, sendo três ambulatoriais e sete botes de transporte rápido. Só o barco hospitalar J.J. Mesquita realiza anualmente 24 viagens, com uma equipe composta por: sete tripulantes, um médico, dois dentistas, uma enfermeira, três técnicos em enfermagem e uma recepcionista. Há também toda uma logística para que os barcos sigam viagem. A equipe responsável por coordenar as ações é a Secretaria de Missões Regionais, integrada por três pessoas que trabalham no escritório da igreja.

Áreas alcançadas pelas missões regionais:

• Rio Solimões – Regiões de Barcelos, Beruri e Anamã;
• Médio Solimões – Coari, Codajás, Anori, Vila Nova (Costa do Gabriel), Anamã, comunidade Vila do Cuia, comunidade Fé em Deus (Costa do Canabuoca), Manacapuru e Caapiranga;
• Rio Negro – Regiões de Iranduba, Novo Airão, algumas comunidades dentro do Rio Unini, que pertencem à cidade de Barcelos;
• Rio Amazonas – Urucurituba, Boa Vista do Ramos, comunidade de Itapeaçu, São José, Amândio, Santo Antônio do Urubu, São Benedito;
• Baixo Amazonas – Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Itapiranga, Silves, São Sebastião do Uatumã, Urucará, Carará, Nhamundá;
• Rio Madeira – Nova Olinda do Norte, Borba e Novo Aripuanã;
• Faro (município no Estado do Pará).

Até o ano de 2020, o objetivo da IPManaus é plantar 100 igrejas nos municípios do interior, nas comunidades ribeirinhas, nas comunidades indígenas e na Índia, onde a igreja sustenta obreiros nacionais. A visão da igreja para os próximos seis anos também inclui os seguintes alvos:

– Construir seis barcos de alumínio: 2 barcos com 16 metros e 4, com 12 metros;

– Construir quatro barcos de madeira com 12 metros;

– Construir um barco de 45 metros em ferro;

– Treinar 100 obreiros e enviá-los ao campo;

– Apoiar mais dez missionários transculturais;

– Apoiar dez estudantes de teologia angolanos;

– Criar o CAP – Centro de Apoio Pastoral;

– Desenvolver um centro social em cada congregação.