Texto base: At 2.42-47; Rm 5.12-14; Rm 16.5,14-15
Em novembro de 1994, em um retiro de famílias no Monte Sião, convidamos quem gostaria de reunir semanalmente para crescer em Cristo. Como resposta, aproximadamente 40 pessoas se dispuseram a isso, mas não tínhamos a menor ideia de como começar. Em dezembro daquele ano, fomos a Santarém (Pará) buscar um barco e lá conhecemos o Pr. Abe Huber, da Igreja da Paz, que já trabalhava com grupos familiares. Nesse primeiro contato, ele nos forneceu uma pequena apostila sobre o assunto.
Em março de 1995, iniciamos cinco grupos com os seguintes casais: José João e Lucilia, Pr. José Nery e Meire, Pr. Luiz Otaviano e Rosemary, Pb. Rafael e Leidiomar e Pb. Jorge Barros e Fernanda. Logo depois, o Pr. Wellighton e a Raquel se juntaram a nós e, no decorrer dos meses, muitos irmãos e irmãs.
Propósitos
Integração dos novos convertidos na igreja – Estávamos vivendo um grande crescimento desde 1993, mas a “porta dos fundos” era muito grande. As pessoas entravam e saíam da igreja.
Comunhão – Percebíamos que, conforme a igreja crescia, não sabíamos “quem era quem” e isso nos preocupava.
Discipulado dos novos – Era muito evidente essa necessidade. Os novos convertidos precisavam de um cuidado especial.
Nossa visão estava baseada em vários textos do Novo Testamento, como Atos 2.41-47, 4.32-35, Romanos 16.1-16 e muitos outros. A vida da igreja primitiva tem sido a nossa inspiração. O estilo de vida, a oração, as reuniões nas casas e a evangelização têm nos influenciado.
Em 1998, o Conselho da Igreja decidiu que os grupos familiares seriam a prioridade da igreja. Em 1999, alguns pastores participaram dos módulos de treinamento do Ministério Igreja em Células e, em 2000, o treinamento foi oferecido para as igrejas em Manaus. Um grupo de 60 pessoas de nossa igreja participou e isso foi fundamental para o crescimento dos grupos.
Em 2001, organizamos a estrutura com coordenações, supervisões, líderes, auxiliares e hospedeiros. Seguiu-se um tempo de muita oração, vigílias de noites inteiras, treinamentos, retiros de liderança, discipulado e multiplicação dos grupos. Tudo isso acompanhado de muita alegria no Senhor pela salvação das vidas. Foi nesse tempo que, em um retiro de avaliação, pensamos no futuro e surgiu a ideia do projeto “Pedras Vivas”, que hoje é uma realidade.
De 2001 a 2006 tivemos um tempo extraordinário, em que os nossos 60 grupos cresceram para mais de 400 grupos, incluindo as congregações. Em 2003, começamos a ministrar os módulos de treinamento em várias cidades do Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste.
Nos treinamentos, reuniões de liderança, retiros e vigílias que aconteceram na IPManaus, o Espírito Santo se derramou e nos encheu de um novo vigor. Em 2007, após um tempo de jejum, aconteceu o Retiro de Liderança no Monte Sião, e numa das manhãs o Espírito encheu o lugar. Foram muitas lágrimas e orações, um dia memorável.
O crescimento da igreja em Manaus gerou inspiração para muitas igrejas no Brasil e recursos para a obra missionária no Amazonas, com o envio de novos obreiros, construção de novas igrejas, novos barcos e também apoio para as missões transculturais em Angola, Índia, Itália, Moçambique, Taiwan e outras nações.
Problemas, ataques do inimigo e erros? Tivemos muitos, mas o Senhor nos consolou, nos fortaleceu e nos trouxe até aqui com Seu braço poderoso. Gratidão e esperança são os nossos sentimentos. Somos muito gratos ao Senhor por esses 20 anos de grupos familiares. Ele nos abençoou, multiplicou os líderes, o povo, as finanças, as igrejas, os pastores. Nossa gratidão ao Senhor e a todos que participaram dessa luta.
Temos esperança porque Ele continua conosco; ainda que os dias sejam maus, Ele não mudou. Mantemos a esperança de que, através da estratégia das 4 Estações, em unidade e com muito esforço, Ele nos liderará para lugares mais altos, e glorificará Seu nome entre nós.
Pr. José João Mesquita