A comunhão dos santos

Texto base: Atos 2.42-47

comunhão

No credo apostólico, há a expressão “creio na comunhão dos santos”. Comunhão (Koynonia) é participação comum; é mais que amizade, mais que se sentir parte de um povo e ter compromisso com ele. A Igreja Primitiva perseverou na doutrina dos apóstolos, na comunhão (incluindo a Ceia) e nas orações; por isso, se tornou tão forte. A comunhão dos primeiros cristãos chamou a atenção da sociedade e, conforme a perseguição aumentava, mais unida era a Igreja.

O apóstolo Paulo nos ensina que Deus nos chamou a viver em comunhão com Jesus e uns com os outros. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de Seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Co 1.9).

Bênçãos na comunhão dos santos

  1. Generosidade (At 2.44-45 e 4.32-35) – Havia na Igreja Primitiva um compartilhar de bens e, por essa razão, não havia nenhum necessitado entre eles (a igreja da Macedônia socorreu a igreja em Jerusalém). Este ano tem sido o ano do desemprego no Brasil. Alguns irmãos nossos já perderam seus empregos, especialmente os que trabalham no Distrito Industrial. Logo vão acabar os valores do seguro desemprego e aí vamos exercer solidariedade.
  1. Alegria (At 2.46) – Os irmãos estavam juntos: estudando a Palavra, louvando, participando da Ceia; e comiam juntos com alegria e singeleza de coração.
  1. Acontece uma verdadeira atração para os de fora – A comunhão entre o povo de Deus exerce uma influência benéfica sobre os pecadores. E isso se torna um fator evangelístico poderoso (At 2.47). Jesus disse que, se vivermos em unidade, o mundo vai crer que Ele é o Messias (Jo 17.21-23);
  1. Compaixão em meio ao sofrimento – Em Hebreus 10. 32-34, o autor do livro lembra os cristãos que eles já haviam sido coparticipantes com os que sofreram humilhações, perseguições e que se compadeceram dos encarcerados. Compaixão é comunhão nos sofrimentos, é a mais alta expressão da comunhão. Por isso, devemos constantemente orar e contribuir em favor da Igreja sofredora;
  1. Contagiante – “É como óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes” (Sl 133.2). Neste versículo, a comunhão é comparada a um óleo perfumado, que desce da cabeça para a barba e para a gola de suas vestes. Onde houver um povo, um grupo vivendo essa comunhão, o bom perfume de Cristo será exalado;
  1. Abençoa até os que estão longe (Sl 133.3a) – O salmista compara a comunhão dos santos ao vento que leva o orvalho do Monte Hermom, do Norte ao Sul de Israel;
  1. Na comunhão o Senhor ordena “a bênção e a vida para sempre” (Sl 133.3b) – Na comunhão dos santos, o Senhor ordena muitas bênçãos. A Koynonia gera um ambiente propício ao crescimento espiritual, à cura física, à cura emocional (ansiedade, depressão), à purificação de pecados, por meio da confissão;

Se nos examinarmos honestamente, desfrutaremos da comunhão com Deus e com o seu povo na Ceia do Senhor. Se participarmos de uma célula familiar, estaremos recebendo as bênçãos e a vida do Senhor, constantemente.    

Pr. José João Mesquita

*Boletim da Igreja Presbiteriana de Manaus, n°954. Publicado em 03 de maio de 2015.
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