Comprados, Libertos e Abençoados

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Deus não somente nos comprou com o sangue de Cristo, como também nos declara justos, sem dívida alguma diante da Lei,e ainda nos transforma em filhos amados. Somos também herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo.

Na Bíblia, isso se chama “Justificação pela Fé”: a grande doutrina da Graça que trouxe esperança para todo aquele que renunciou a sua justiça própria e depositou sua fé humildemente nos méritos de Jesus Cristo.

O professor Cranfield diz que o texto dos versículos 21 a 26 “é o centro, o cerne do todo que constitui a parte principal da carta”. O Dr. Leon Morris descreveu como sendo “possivelmente o parágrafo mais importante que se escreveu”. Justificar é um termo jurídico, extraído da linguagem forense. O contrário da justificação é a condenação. Justificação é mais que perdão. É ser aceito por Deus para ter comunhão com Ele.

Todo crente justificado foi também regenerado pelo Espírito Santo e, dessa forma, destinado à santificação constante. É oportuno lembrar de alguns conceitos teológicos importantes acerca de nossa fé. O que é regeneração? – É a ação do Espírito Santo, por meio da qual Ele implanta no coração do pecador, a quem Deus chamou eficazmente, uma disposição santa de servi-Lo em espírito e em verdade (Ef 2.1-9). É o novo nascimento (Jo 3.3,5-8).

O que é vocação eficaz?

É a obra do Espírito de Deus, por meio da qual somos convencidos do nosso pecado, da nossa miséria, iluminando nosso entendimento no conhecimento de Cristo, e renovando nossa vontade, nos persuade e habilita a abraçar Jesus Cristo, que é oferecida de graça no Evangelho (2 Tm 1.8-9; Ef 1. 18-20; At 20.37; At 26.18; Ez 11.19; Ez 36.26-27; Jo 6.44-45; Fp 2.13; Dt 30.6 e Ef 2.5).

O que é justificação?

É um ato da livre Graça de Deus, pela qual são perdoados todos os nossos pecados e somos aceitos como justos diante dEle, somente por causa da justiça de Cristo a nós imputada, e recebida só pela fé (Ef 1.7; 2 Co 5.19, 21; Rm 4.5; Rm 3.22-25; Rm 5.17-19; Rm 4.6-8; Rm 5.1; At 10.43; Gl 2.16; Fp 3.9).

O que é santificação?

É a obra da livre Graça de Deus, pela qual somos renovados em todo o nosso ser, segundo a imagem de Deus. Somos habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão (2 Ts 2.13; Ef 4.23-24; Rm6.4,6,14; Rm 8.4).

O Dr. John Stott argumenta: “Se Deus justifica gratuitamente os pecadores por sua Graça, porque Ele faz isso? Baseado em quê? Como é que esse Deus Justo pode declarar como justo o injusto, sem comprometer sua justiça?”. A resposta de Deus é a cruz. Deus castigou nossos pecados em Seu Filho, como está escrito no versículo 25, na NVI: Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Três perguntas conclusivas no verso 27: Onde, pois, está a jactância (vanglória)? A resposta é curta e direta: Foi de todo excluída. Por qual Lei? Das obras? A resposta é mais curta: Não!

E o argumento é poderoso e novo: pelo contrário, pela lei da fé. Os judeus presumiam que, por terem recebido a revelação, a circuncisão, as alianças, as promessas, a Lei, o culto e os patriarcas, eram melhores que os outros e merecedores de maiores privilégios. Os moralistas “se achavam”, porque julgavam que eles não eram “tão pecadores” como os imorais. Os que praticam filantropia julgam que merecem um lugar nos céus, mas Paulo conclui de modo categórico no verso 28. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da Lei. Como está escrito em Ef 2.8-9: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus: não de obras, para que ninguém se glorie”.

Comprados, Libertos e Abençoados

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