A fé que prevalece

Texto base: Mateus 15.21-28

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No Dia Internacional da Mulher queremos meditar um pouco no exemplo dessa mãe cheia de iniciativa, coragem e persistência. Era uma mulher estrangeira, cananeia, da região da Siro-Fenícia.

Ela tinha um grande problema em sua família: sua filha estava horrivelmente endemoninhada. Era grande a sua dor e sua aflição ao ver sua filha dominada por uma força maligna.

Nessas horas bate o desespero e procuramos uma solução. Como o salmista disse: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?” (Sl 121.1). Essa mulher tinha fé e, como o salmista, podia dizer: “O meu socorro vem do Senhor…” (Sl 121.2).

Para buscar socorro essa mulher venceu três barreiras:

Racial – Ela era de uma terra desprezada pelos judeus, pois era de Canaã, que foi invadida e possuída por Israel, a mando de Deus, por causa dos pecados dos cananitas.

Social – Uma mulher não podia se aproximar de um homem desconhecido e falar com ele, ainda mais sendo um judeu.

Religiosa – Todas aquelas nações tinham os seus “deuses”, mas ela ultrapassou essa barreira e chamou Jesus de “Filho de Davi”. Só os judeus podiam chamá-lo assim.

Ela venceu os obstáculos porque conhecia a Jesus. Ao chamá-lo de Senhor e “Filho de Davi”, revelou que cria que Ele era o Messias, o filho do Deus vivo, aquele que tem toda autoridade. Ela sabia que Jesus era rei.

Ela acreditava no Deus de Israel, como o salmista disse: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. Ele dos céus me envia o seu auxílio e me livra; cobre de vergonha os que me ferem. Envia a sua misericórdia e a sua fidelidade. Acha-se a minha alma entre leões, ávidos de devorar os filhos dos homens; lanças e flechas são os seus dentes, espada afiada, a sua língua” (Sl 57.1-4).

Essa mulher também creu em Jesus, mesmo em face da palavra dura dos discípulos (Mt 15.23), ou quando Jesus anunciou sua missão, excluindo-a, portanto, da área de abrangência de sua missão (v.24).

Ela foi persistente, mesmo após o silêncio e a rejeição de Jesus nos versos 23, 24 e 26. “Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”. (MT 15.26-27).

Jesus exclamou, cheio de alegria: “Ó mulher, grande é a tua fé!” E atendeu ao pedido da cananeia. O texto sagrado diz: “E desde aquele momento, sua filha ficou sã” (Mt 15.28).

Qual é o seu problema? Qual o tamanho da sua fé? Uma fé baseada na Bíblia é a que prevalece. A questão não é o tamanho do seu problema, mas o tamanho de sua fé.

Deus procura verdadeiros adoradores, que O adorem em espírito e em verdade. Muitos procuram bênçãos, prosperidade e curas. Mas essa mulher era uma adoradora consciente e cheia de fé. Ela não procurava apenas a libertação de sua filha. Ela sabia quem era Jesus.

Muitos não procuram Deus, mas Deus os busca, tal como a mulher samaritana.

Pr. José João Mesquita

*Publicado em: Boletim da Igreja Presbiteriana de Manaus, n°946, no dia 08 de março de 2015
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